Relatório sobre Mercado Fonográfico Brasileiro revela crescimento de 15% em 2022
Nesta terça-feira (21/03), a Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, divulgou o seu relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro. Em crescente pelo sexto ano consecutivo em 2022 o setor arrecadou R$ 2,526 bilhões (USD 489 milhões), um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. Colocando o Brasil no 9º lugar mundial na indústria de música segundo o ranking geral da IFPI, entidade global responsável pela coleta e gestão de dados da indústria fonográfica mundial.
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Mercado Fonográfico Brasileiro e Global aquecidos pelo streaming
O levantamento mostra um crescimento de 9,0% em 2022, impulsionado pelo crescimento do streaming por assinatura paga.
Os números divulgados pelo Relatório Global de Música da IFPI mostram que as receitas comerciais totais para 2022 foram de US$ 26,2 bilhões. As receitas de streaming de áudio por assinatura no mundo aumentaram 10,3%, para US$ 12,7 bilhões, através de 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2022. O streaming total (incluindo assinatura paga e suporte de publicidade) cresceu 11,5%, atingindo US$ 17,5 bilhões, ou 67,0% do total das receitas globais de música gravada.
“O modelo atual do streaming favorece o surgimento de uma diversidade enorme de artistas dos mais variados gêneros musicais, e seu acesso instantâneo às redes de distribuição, através de variados modelos de negócio, por meio de produtores fonográficos com atuação internacional ou apenas local, agregadores, distribuidores e todo um ecossistema que, de fato, serve primordialmente para que a música gravada chegue a cada vez mais consumidores no mundo inteiro.”, ressalta Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil
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As vendas digitais e físicas tiveram aumento
O recorte do mercado fonográfico brasileiro revela que as vendas digitais e físicas cresceram 15,4% no país, totalizando R$ 2,2 bilhões em 2022. As receitas de execução pública para produtores, artistas e músicos somaram R$ 323 milhões, um aumento de 15,3% em relação a 2021. No total, o mercado fonográfico brasileiro atingiu R$ 2,5 bilhões, quase dobrando o seu faturamento nos últimos quatro anos (2019 a 2022).
O streaming alavancando os números
O streaming foi a principal responsável pelo crescimento do mercado, com as receitas subindo 15,4% e atingindo R$ 2,2 bilhões. As plataformas de streaming “on demand” continuam sendo a principal fonte de receita para a indústria fonográfica brasileira, representando 86,2% do total das receitas em 2022.
As receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 1,343 milhões, com crescimento de 21,6% em relação a 2021. O faturamento gerado por streaming remunerado por publicidade foi de R$ 447 milhões, com variação positiva de 35,2% em relação ao verificado em 2021. Já os vídeos musicais em streaming com interatividade, e remunerados exclusivamente por publicidade, geraram recursos de R$ 386,6 milhões em 2022.
As receitas de vendas físicas representaram apenas 0,5% do total das receitas do mercado fonográfico brasileiro, com faturamento de R$ 11,8 milhões. No físico, os CDs foram o formato mais comercializado em 2022, com faturamento de R$ 6,7 milhões, seguido pelas vendas de discos de Vinil, com R$ 4,7 milhões, e DVDs com vendas de R$ 0,4 milhão.
“As estatísticas do mercado de música gravada no ano de 2022, primeiro período após a pandemia de 20/21, continuam a mostrar a consolidação do streaming como formato amplamente dominante na distribuição de música em áudio e/ou vídeo no Brasil. São 6 anos consecutivos de crescimento no mercado brasileiro, com taxas sempre acima da média mundial do setor.
Este crescimento, melhor dizendo, recuperação, é determinado pelo desenvolvimento do streaming como principal modelo de negócio do setor fonográfico atual. Crescem consistentemente tanto as receitas decorrentes de subscrições às plataformas, como também aquelas geradas por publicidade. Igualmente determinante para este crescimento foi a retomada no nível de reinvestimento das empresas fonográficas em novos talentos artísticos, marketing, promoção de artistas e catálogos de gravações musicais”, comenta Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil
Ranking das 200 músicas mais tocadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2022
O relatório também apresenta o ranking das 200 músicas mais tocadas no país no ano passado.
Entre os independentes no TOP 10 aparecem George Henrique & Rodrigo com “Vai Lá Em Casa Hoje”(feat. Marília Mendonça) e “Sentadona S2” de Davi Kneip, Mc Frog, Dj Gabriel do Borel & Luísa Sonza. Lançamentos da Som Livre, Sony Music Entertainment, Universal Music Group e Bagua Records completam o topo da lista.
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