Estudo revela tendências no consumo dos serviços de streaming pelo brasileiro

13 março POR ALGOHITS

O estudo da Accenture, “Reinvent for growth“, entrevistou consumidores para entender suas preferências e comportamentos em relação às experiências de entretenimento on-line. O objetivo foi compreender melhor as preferências, crenças e comportamentos dos consumidores em relação às suas experiências de entretenimento online.

O levantamento online, realizado com 6.000 consumidores com idade a partir de 18 anos e espalhados por 10 países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Espanha, EUA, Itália, Índia, Japão e Reino Unido), foi desenvolvido para identificar mudanças significativas no regime de mídia D2C (Direct-to-Consumer) existente e oferecer sugestões para diferentes marcas sobre como adaptar seu modelo e ganhar maior relevância e sucesso junto aos clientes. O trabalho de campo foi realizado entre outubro e novembro de 2022.

A Oxford Economics auxiliou no desenvolvimento da pesquisa, realizando trabalho de campo, analisando os dados e estabelecendo as principais narrativas. A coleta de dados de 2021 foi feita por um parceiro diferente. Para garantir comparações apropriadas, as amostras dos estudos de 2021 e 2022 foram ajustadas para ter uma estrutura semelhante.

Recorte brasileiro: Estudo também revela tendências no consumo dos serviços de streaming do Brasil

A análise mostra como as empresas de mídia podem aprimorar experiências de usuários e gerar receita com novos ecossistemas de entretenimento. Quando o assunto é o recorde das tendências de comportamento em streaming do público brasileiro alguns dados se destacam:

  • 77% dos consumidores se sentem sobrecarregados com o número de serviços de streaming que podem escolher;
  • 88% estariam interessados em um único aplicativo que possa fornecer todos os serviços de que precisam em uma plataforma e 57% estariam interessados em pagar por isso;
  • 32% passaram mais de 10 minutos procurando algo que vale a pena assistir;
  • 37% ficam frustrados por ter que alternar entre diferentes aplicativos para diferentes serviços.

Os consumidores encontrariam esses serviços valiosos na mesma página inicial em que costumam consumir seus serviços de streaming:

  • 78% música
  • 74% conectar com amigos
  • 73% navegação na web
  • 72% e-commerce

Estudo contou com entrevistado de 10 países

Já no compilado global de resultados, 4 em cada 10 entrevistados (41%) disseram que pagariam por uma plataforma única para seus serviços de entretenimento. Além disso, 61% gostariam de poder compartilhar seus perfis de streaming em diversas plataformas para uma maior personalização de conteúdo.

“Os serviços de streaming independentes enfrentam alguns problemas simples: existe um limite para o que os consumidores estão dispostos a pagar, além de um nível de complexidade e número de opções com os quais estão preparados para lidar”, explica John Peters, diretor geral da prática de Mídia e Entretenimento na Accenture.

Sobre a customização ele completa: “Está na hora de reinventar os ecossistemas de entretenimento para que as empresas do setor possam alcançar um crescimento lucrativo, ajudando os consumidores a obter tudo que precisam e desejam”.

Quando o assunto é o operacional e o conteúdo alguns problemas também foram apontados

  • 35% dos consumidores cancelaram ao menos um dos cinco principais serviços de streaming de vídeo “on demand” nos últimos 12 meses e 26% disseram que planejam cortar um ou mais nos próximos 12 meses.
  • 76% dos consumidores relataram frustração ao encontrar algo para assistir, seis pontos percentuais a mais do que o registrado em 2021.
  • 55% dos consumidores disseram que se sentem sobrecarregados com o número de serviços de streaming disponíveis e 26% disseram que pode levar mais de 10 minutos para escolher uma opção de streaming (contra 17% registrado em 2021).

O relatório da Accenture também identifica três funções emergentes para empresas de entretenimento que estão competindo pelo tempo, atenção e dinheiro dos consumidores:

  • Agregadores de audiência são empresas de plataforma com um modelo de negócios diversificado que monetizam a atenção e o engajamento direta e indiretamente, unindo diversos serviços, incluindo os de entretenimento, em um só lugar.
  • Cultivadores de audiência são capazes de criar e monetizar com eficiência o entretenimento em uma ou várias formas (por exemplo, vídeo, música, games etc.) a partir de dados sobre o seu público principal. O foco está na relação conteúdo/custo e na garantia de inclusão em plataformas e pacotes agregadores de público.
  • Comerciantes de conteúdo se concentram na criação do melhor conteúdo possível sem precisar gerar receita com o engajamento alcançado por esse conteúdo.

“O futuro do setor de mídia está nas plataformas agregadas”, afirma Imran Shah, diretor geral do grupo de Comunicação, Mídia & Tecnologia da Accenture.

“Essas plataformas alcançarão dois resultados cruciais: a criação de serviços e pacotes inclusivos e com menor rotatividade capazes de gerar receita para as empresas de mídia, ao mesmo tempo em que oferecem experiências para que os consumidores encontrem e acessem o conteúdo com facilidade.”, completa Shah

Confira o PDF completo do estudo com os slides do relatório clicando aqui.
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