Qual o papel dos selos e gravadoras na carreira dos músicos?

29 junho POR ALGOHITS

Conversamos com diferentes players do mercado para saber mais sobre o papel dos selos e gravadoras na carreira dos músicos e os diferentes modelos de parcerias em 2023.

Muitos artistas independentes sonham em ter como parceiro um selo independente ou estar dentro de um casting de uma grande gravadora. Com diferentes modelos de negócio e atuação no mercado, cada selo ou gravadora tem diferentes formas de negociação, segmentação, serviços prestados e relacionamento com o artista. Entenda sobre o papel dos selos e gravadoras na carreira dos músicos!

Alguns diferentes tipos de contrato:

Cessão do fonograma: O selo torna-se dono da gravação. Neste modelo de contrato ao artista é destinada apenas uma porcentagem sobre a arrecadação. Acordos assim implicam ao selo envolver-se totalmente nos custos de produção do fonograma, seja cedendo estúdio e profissionais próprios ou pagando terceiros.

O artista pode ter obrigações diante do fonograma, como prazo e volume de entregas, além de determinadas ações promocionais combinadas. A gravação só retorna ao músico se ele comprar os direitos em algum momento.

Licenciamento do fonograma: Neste o artista custeia e é dono da gravação mas cede ao selo para exploração comercial por determinado período (5, 7 ou 10 anos). O selo costuma fazer um pagamento ao artista por esse direito, baseado em uma expectativa de arrecadação. Assim que o valor é recuperado, o músico passa a receber uma porcentagem de dividendos do uso comercial da canção.

O acordo pode variar entre produções específicas ou um determinado número de projetos dentro de certo período. No término do contrato, o fonograma retorna à posse do músico, que pode trabalhar os registros como desejar, com o parceiro de distribuição que preferir.

Divisão de lucros: Neste tipo de contrato o selo vira uma espécie de “sócio” do artista na gravação. Os custos do fonograma são divididos entre as partes, dependendo do investimento, o artista pode tornar-se único dono da gravação ou tanto artista quanto selo serem produtores fonográficos do registro, de forma conjunta.

O royalty para o artista geralmente é maior que nos acordos de cessão e licenciamento, mas menor do que um contrato direto com uma distribuidora. Geralmente este acordo é fechado por produto.

360 (ou 360 graus): O acordo é similar ao acordo de cessão do fonograma no entanto, ele não se resume apenas aos direitos de gravação, mas todos os direitos que envolvem a atividade pública de um artista. O selo passaria a também obter uma porcentagem sobre shows, merchandising, todo tipo de licenciamentos e outras possíveis rendas vinculadas à música, à criação artística, e à imagem do músico durante determinado tempo. Por isso o nome: arrecadação em 360 graus, ou a redor de tudo que o artista faça.

É um tipo de contrato mais restrito para o músico, que acaba cedendo ao selo até mesmo certo poderes de decisão sobre a carreira, uma vez que será a empresa custeando o que for entendido como estratégico para o artista.

Neste tipo de acordo, o selo paga um valor adiantado ao artista baseado em projeção de arrecadação (geralmente, um valor maior do que nos outros acordos) e arca totalmente com os custos dos fonogramas. Outros custeios dependerão do retorno do investimento para o selo. O artista tem suas obrigações com o selo durante o período do contrato e só pode obter os direitos totais sobre os fonogramas se comprá-los – e se o contrato oferecer abertura para isso.

Qual o papel dos selos e gravadoras na carreira dos músicos?

Conversamos com selos e gravadoras de diferentes nichos, com diferentes modelos de contratos e serviços ofertados para entender mais sobre o papel e os tipos de parcerias envolvidos dentro das negociações.

Biscoito Fino

Conversamos com o Jorge Lopes, Diretor Executivo da Biscoito Fino.

Na visão de vocês, qual é o papel do selo na carreira dos músicos?

“Nosso papel é desenvolver a carreira dos artistas e posicioná-los dentro do segmento que eles buscam atingir, procurando expandir as suas obras da forma mais abrangente possível. Para isso, damos todo o suporte necessário no que tange gravação, marketing e distribuição digital, no Brasil e no exterior.”

Quais pilares o trabalho do selo atua dentro das demandas artísticas?

A) “Na parte artística: as gravadoras dão todo o suporte para o desenvolvimento da carreira dos artistas, ajudando no repertório, quando necessário, assim como na escolha de um produtor musical e dos músicos que participarão do projeto, entre outras atribuições. Dessa maneira, o artista não precisa se preocupar com nada além de focar na sua música.”

B) “No Marketing, área fundamental e necessária: Apoiamos os artistas com investimentos em áreas como divulgação (imprensa, rádio e TV) e no Marketing Digital, fundamental no mercado de hoje, através de nossas redes sociais e em ações no Instagram, Youtube, TikTok e Facebook, entre outras plataformas.”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“Nosso segmento de atuação é, de forma geral, mais focado em MPB e música instrumental, entre outros estilos que tenham a ver com o nosso “DNA” artístico.”

Balaclava Records

Conversamos com Fernando Dotta e Rafael Farah do selo independente Balaclava Records.

Na visão de vocês, qual é o papel do selo na carreira dos músicos?

“Essa é uma questão que adoramos debater. A Balaclava produz uma feira dedicada a selos musicais e produtores independentes desde 2015 chamada Sacola Alternativa, e nela sempre levantamos esse assunto para refrescar o tema e a discussão.

O que percebemos é que existem diversos modelos de negócios de selo hoje em dia e necessidades diferentes por parte dos artistas em relação ao que esperam como trabalho de um selo.

Tem alguns que se posicionam mais na frente da produção musical, possuem estúdios, pessoal de técnica e produção, facilitando ao artista toda a parte de produção de singles, EPs e álbuns; outros (como no caso da Balaclava) acabam entrando com maior força após a gravação estar pronta, focando em todo o planejamento estratégico para amplificar ao máximo aquele lançamento e trabalhando no gerenciamento de carreira a longo prazo, distribuição dos fonogramas, booking de shows, edição, etc.

Em todas essas diversas frentes que um selo pode assumir, são criadas várias possibilidades de modelo de negócio, sendo que um ponto que é presente em quase todos os casos é a distribuição de fonogramas.

Além destas áreas de trabalho que os selos podem atuar, existe uma outra característica que não é comum a todos mas vários tem – e é uma característica que nós sempre focamos muito e trabalhamos muito para tentar conseguir dentro da Balaclava – que é fazer do selo uma chancela de curadoria artística. Ganhar a confiança de quem segue e consome o material dos artistas lançados, fazendo com que as pessoas queiram sempre ouvir os novos lançamentos do selo sabendo que provavelmente virá algo que irá agradar.

O papel do selo, por fim, acaba sendo alavancar a carreira artística naquele(s) ponto(s) onde se propõe atuar dentro do seu modelo de negócio específico, e, em alguns casos, ajudar a criar e fomentar cenas e comunidades artísticas.”

Quais pilares o trabalho do selo atua dentro das demandas artísticas?

“Trabalhamos no formato 360 com nossos artistas, o que vem se intensificando para entregarmos um serviço completo. É a forma que vemos que faz sentido em nos dedicarmos em tempo integral a esses artistas e planejarmos de forma mais estratégica todos próximos passos. Nosso formato de atuação hoje envolve o empresariamento, gerenciamento de carreira, agenciamento, distribuição e edição. Além disso, contamos com uma equipe de designer, assessoria de imprensa e divulgador (rádio/tv).”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“Desde o início da Balaclava, nosso princípio básico na hora de pensar em assinar um novo nome é que o som precisa ‘bater certo’ musicalmente para nós dois, na questão de gosto musical (que temos muito em comum) e qual o alcance no qual vemos esse som se propagar e circular, seja pela internet ou pelos palcos. É importante termos algum tipo de identificação com o projeto e com as pessoas envolvidas por trás da música, para então iniciarmos uma conversa com reais intenções.

Temos conseguido, ao longo da última década em atividade, tornar o casting do selo cada vez mais rico e diverso, musicalmente e em gênero e raça, e isso é definitivamente uma questão que se tornou um critério crucial na nossa avaliação. Por mais que as atrações sejam muito diferentes entre si, estimulamos as trocas pessoais e é imprescindível que haja um respeito mútuo entre os artistas e uma conexão que pra nós faça sentido estarem dentro de um mesmo filtro, de um guarda-chuva do que gostamos.”

dobra discos

Conversamos com Julianna Sá, da dobra discos.

Na visão de vocês, qual é o papel da gravadora na carreira dos músicos?

“Acho que o mais interessante, hoje, é que o papel da gravadora – ou de um selo, e eventualmente até de uma distribuidora que tenha atuação semelhante à de uma gravadora – deixou de ser um caminho único de atuação e retorno na carreira de um artista.

Há estruturas que vão acompanhar o artista em todas as etapas, da gravação à produção musical, produção artística, coordenação de comunicação e marketing, mas essas são cada vez mais raras. O que percebo que acontece hoje é a identificação da área de maior carência do artista, onde está o gargalo da atuação dele. Muitos artistas já conseguem desenvolver seus projetos musicais de forma independente, outros até já atingem público relevante, mas em geral todos têm áreas onde não dão conta, naturalmente, de atuar, e acho que saber identificar esse segmento, e ainda conseguir potencializar áreas onde o artista já desenvolve bom trabalho é o principal papel da gravadora na carreira de um artista hoje.”

Quais pilares o trabalho da gravadora atua dentro das demandas artísticas?

“Em geral, isso vai variar muito de gravadora para gravadora, e ainda de artista para artista, uma vez que o mercado está muito pulverizado em suas estruturas – sabemos que ao contrário do que se imaginava no início dos anos 2000, as gravadoras não quebraram, pelo contrário, mas a estrutura que abrigava elas mudou, e em paralelo, no chamado mercado independente (que eu prefiro chamar de interdependente), esse modelo começou a ser reproduzido de forma mais difusa, em peças que nem sempre estão reunidas dentro de uma mesma estrutura. São braços soltos de atuação que vão se conectando a artistas para somar em suas carreiras.

Pessoalmente, acredito que o principal papel de um selo nos moldes da dobra diz respeito à estratégia e ao planejamento. Há artistas que chegam com uma produção intensa, constante, outros que têm menor fluxo de criação, e acho que ajustar o modelo de negócios para o perfil de cada um é a base de conseguir uma caminhada bem sucedida.

O mercado tende a achar que existe um modelo “x” de produção, que tem que fazer do jeito “a” ou “b” sempre sob o argumento de que hoje é assim, e que o artista precisa se adaptar. A gente, por aqui, acredita no contrário. Atuamos pra encontrar uma forma de garantir que o perfil do artista seja respeitado, ajudando a encontrar um caminho possível pra ele lançar mil músicas por ano, ou uma só. Acho que isso encontra a pergunta anterior, o principal pilar de atuação hoje é saber identificar áreas de carências e áreas potentes da atuação do artista, e a partir disso conseguir traçar um planejamento de curto e médio prazo, com estratégias que contemplem aquele perfil artístico.”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“Na dobra discos, acho que o critério central é o de construção conjunta. Os artistas do selo foram nomes que chegaram para determinado trabalho junto a gente – seja de assessoria, seja de booking, seja de direção artística -, e com eles fomos desenvolvendo um trabalho mais perene que foi se aproximando muito da atuação de um selo e de uma relação de empresariamento.

Inclusive foi assim que o selo surgiu, nós atuávamos com a Luiza Brina (começamos fazendo a comunicação de um disco, depois passamos a vender seus shows, avançamos para a elaboração de projetos e editais, e já estávamos planejando a carreira, os passos dela para um futuro em torno de cinco a sete anos), e aí propusemos a ela lançar um EP, o Deriva (2020), que foi o primeiro lançamento do selo, ainda sem ser, porque o selo ainda não existia em si. Mas ali entendemos que estávamos atuando efetivamente como selo, construindo o projeto junto dela em todas as etapas. A partir disso, criamos o selo e lançamos o álbum comemorativo “A toada vem é pelo vento – deluxe edition“, que celebrava 10 anos do disco de estreia dela, um álbum que tinha muita reverberação entre o público e baixa adesão nas plataformas (porque foi lançado antes do surgimento delas). Costuramos encontros inéditos (com Ana Frango Elétrico, Castello Branco e Zé Manoel), registramos versões acústicas e remasterizamos as faixas originais, até fazer o lançamento, e circular com o show celebrativo desse projeto.

Além da Luiza, também lançamos projetos com a Julia Branco, Marina Melo, Perdido e a Iara Rennó, que foi o primeiro álbum de inéditas que lançamos, e que foi indicado ao Grammy Latino, primeira indicação dela e nossa também. Além disso, a dobra tem, por seu histórico, um perfil de atuação em projetos especiais. Idealizamos e realizamos ao longo dos dez anos da empresa (que como selo tem apenas um ano e meio) muitos festivais e projetos de encontros e de descentralização. Então foi natural, por exemplo, atuar junto ao projeto Mostra Maré de Música, para lançar os singles de oito artistas das favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Outros projetos coletivos assim virão. Musicalmente, somos um selo de atuação focada na música brasileira contemporânea, e isso implica em caminhos diversos que gostamos de costurar, entre a chamada mpb, ou nova mpb, o indie (pop, rock, ou mesmo a canção indie) e outros cruzamentos que vamos alinhavando e trazendo ao mundo.”

Selo Rockambole

Conversamos com o Teixeira, do Selo Rockambole.

Na visão de vocês, qual é o papel do selo na carreira dos músicos?

“Essa pergunta é bem complexa, acho que essa resposta é o que estamos tentando descobrir no momento histórico da música. Com a descentralização da gestão artística das mão das gravadoras, diversos modelos de selos surgiram, principalmente dos anos 70 até os dias de hoje. Os principais modelos que eu vi foram:

  • Selo como um grande catálogo e agrupador de artistas por alguma afinidade.
  • Selo como distribuidora de música em que assume totalmente ou em parte o licenciamento e interação com o backoffice
  • Selo como vendedor de projetos e uma espécie de agência
  • Selo como um gestor de carreiras, com um papel de agenciamento estratégico

No final das contas todas essas necessidades já existiam dentro da gravadora, só foram readaptadas para nova realidade da música num mundo digital. Na nossa visão aqui na Rockambole o papel do selo é ser uma plataforma e um meio para o desenvolvimento de carreiras artísticas e profissionais, garantindo conexão e viabilidade para que a arte possa criar pontes com as pessoas.

A gente prioriza o como construímos essas relações, e aí que está a magia. Queremos atuar em todas as pontas que citamos acima, mas o mais importante é que consigamos fazer isso de maneira colaborativa, em que todos os envolvidos cresçam juntos criando um ecossistema de trabalho capaz de se multiplicar e contagiar mais pessoas, assim como a música é e deveria ser. A gente tenta descobrir essa resposta tentando viver essas teorias na prática. Como diria D2, a procura da batida perfeita.”

Quais pilares o trabalho do selo atua dentro das demandas artísticas?

“A gente pode separar nossa atuação com os artistas em estrutura de gravação e ensaio, distribuição, estratégia, gestão de tráfego, comercial & relações com marcas, produção técnica e executiva. Isso não significa que a gente faz tudo isso o tempo todo, a gente trabalha muito por projeto. Vamos identificando as necessidades dos artista e adaptando o foco conforme o momento de carreira e demanda.”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“No momento não estamos aceitando novos artistas, a gente já está na nossa capacidade máxima. Mesmo assim, o maior critério é compartilhar do mesmo desejo e visão de contribuir para a música brasileira. De acreditar na música como meio de mudar relações e trabalhar muito, muito mesmo.”

Cavaca Records

Conversamos com Cainan Willy e Yasmin Kalaf, da Cavaca Records.

Na visão de vocês, qual é o papel da gravadora na carreira dos músicos?

“Potencializar! Resumindo tudo, tudo mesmo, esse é o papel que a gente imagina para um selo independente como o Cavaca Records. Existimos como um suporte que dá mais força à carreira dos artistas e bandas que passam por aqui.”

Quais pilares o trabalho da gravadora atua dentro das demandas artísticas?

“Além de realizar a distribuição de todos os títulos, trabalhamos principalmente a comunicação e a identidade visual. No cotidiano a gente se desdobra em muitas outras funções e quando não sabe fazer, aprende ou tem a sorte de contar com o apoio/incentivo da nossa rede de contatos.”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“Nós gostamos de trabalhar com artistas que se destacam na autenticidade. Escolhemos projetos que acreditamos traduzir o que acreditamos ser a nova música brasileira, artistas curiosos e que sentimos que podemos desenvolver o projeto em parceria. Adoramos uma boa história para ser contada.”

Before Sunrise Records

Conversamos com Carlo Bruno Montalvão, responsável pela Before Sunrise Records.

Na visão de vocês, qual é o papel do selo na carreira dos músicos?

“O selo serve para auxiliar o artista a atingir o que ele não consegue realizar sozinho. O papel do selo em relação a carreira dos seus artistas passa por diversos aspectos que vão desde a criação de estratégias para o lançamento, como escolha certa dos singles de trabalho e estratégias de divulgação dos mesmos, assim como a contratação de assessoria de imprensa especializada, e um acompanhamento de assessoria artística (principalmente para lançamentos ainda inéditos, novos artistas) para posicionar eles no mercado de maneira positiva e contínua.

Outro aspecto importante é criar um diálogo aberto e objetivo com as plataformas de distribuição, buscando posicionar o artista e por consequência o selo. Também gostamos de fazer o acompanhamento da agenda de shows, atuamos como um selo 360º, que faz todos os aspectos envolvidos na cadeia musical acontecerem de maneira homogênea e com continuidade.”

Quais pilares o trabalho do selo atua dentro das demandas artísticas?

“Na Before Sunrise Records, buscamos um diálogo franco e aberto com o artista, discutindo cada aspecto do lançamento e criando uma história que será contada para o público e a imprensa especializada em música.

Atuamos em todos os aspectos, como disse anteriormente, buscamos ser um selo 360º que faz os lançamentos e também atua na venda de shows, acompanhamento artístico e investimentos em diversos territórios ao redor do mundo, utilizando nosso networking já estabelecido pela atuação da Brain Productions Booking (dona do selo) no Mercado Global.”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“Os critérios que utilizamos para escolher um novo artista para o selo são diversos e vão desde nosso refinado gosto pessoal mais especializado em gêneros como Shoegaze, Dreampop, Psych Rock, Psicodelia e experimentalismo, mas também valorizamos muito a qualidade do trabalho artístico e o ineditismo dele, assim como nossa visão de que aquele artista e/ou produto poderá ter uma história de continuidade num futuro próximo. trabalhar o presente, visualizando o futuro.

Outra coisa importante são as pessoas, é importante mapear os desejos do artista e o que ele quer atingir com aquele trabalho, mas também mapear o próprio artista em si, trabalhar com quem entende o que fazemos e criar uma família. Afinal, a Before Sunrise Recors antes de ser apenas mais um selo, tem que ser uma família, com identidade própria e buscando garantir seu lugar no mundo.

Queremos deixar nossa marca no mercado mundial e queremos artistas que saibam imprimir sua marca, seu estilo próprio, que dialoguem com o Universos, não somente com o lugar onde eles estão, por isso nosso selo tem artistas tanto do Brasil, como de outros países: Japão, Canadá, Portugal, México, Itália, Reino Unido e por aí vai. Não queremos parar de expandir, o papel da Before Sunrise já está implícito em seu nome, temos que apresentar o novo “antes do amanhecer”. Se possível, apresentar um “novo amanhecer” a cada dia.”

Hypp Records

Conversamos com o Guigo, da Hypp Records.

Na visão de vocês, qual é o papel do selo na carreira dos músicos?

“Atualmente, entendemos que o selo precisa ter uma atuação 360º na carreira dos seus artistas. Muito diferente do que já foi no passado quando selos/gravadoras eram majoritariamente focados na gravação de CDs.”

Quais pilares o trabalho do selo atua dentro das demandas artísticas?

“Produção musical, Gestão de redes sociais, Marketing, Booking.”

Quais têm sido os principais critérios para um artista trabalhar com vocês?

“Talento musical, presença em redes sociais, responsabilidade com a carreira e, principalmente, vontade e garra para crescer junto com o selo.”

*Fonte sobre tipos de Contrato: Blog da Tratore.

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